Deixa-me sentir esta dor no peito
que me mata aos poucos,
me deixa sem voz quase rouco
Deixa-me sentar ao chão tocando a grama,
olhando o pôr do sol de tons rubros e amarelos.
Deixa-me sentir a areia da praia e a brisa do mar,
sou tao pouco,
indiferente
berando o nada.
Deixa-me em paz com esta minha sensação de liberdade
de fazer o que quero sem pensar em consequências,
de a cada dia querer trocar de ideologia como se ela fosse uma peça de roupa,
de querer olhar o passado e sentir saudade.
Deixa-me tentar ser o menino que o tempo já deixou para trás,
de fazer amigos a cada dia,
de conhecê-los,
esquecê-los
e de perdê-los,
como se fossem o orvalho daquela manhã fria.
Deixa-me ter todas as sensações possíveis,
de perder o preconceito,
de me arrepender do que não foi feito,
de ter o que é meu de direito.
Deixa-me em paz,
quieto,
calado sem os sues sentimentos.
Deixa-me ser tudo,
ser nada
apenas deixa-me tentar ser
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