terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tem alguém ai?

Tem alguém ai?
tem alguém ai para me ajudar na escuridão dos meus pensamentos?
para me tirar das angústias de meus sofrimentos,
e que faça secar a fonte dos meus lamentos?

tem alguém ai?
tem alguém ai que me de coragem de enfrentar a vida?
subir nesse trem com passagem só de ida,
que me faça ver que sozinho não sou nenhum Midas?

Alguém me responda.
me faça acreditar no agora,
me faça acrdeitar no como.

não me diga que você nao sabe
e que não faz parte disso,
que nossos problemas estão longe,
olhando o horizonte e perguntando onde.

me diga que acredita no amanhã
livre-se da sua insanidade
conte-nos seus sonhos, loucuras e desvairios,
reparando na realidade

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nós que ja fomos

A vida cada vez mais bela,
sem estes mal-entendidos,
sem os erros que talvez nunca existiram,
como os nossos dias que alguma vez esperei,
com as nossas fotos que ja chorei.
aquelas expectativas a cada dia,
querendo te encontrar a cada esquina
te procurando na multidão,
esperando pelo teu lindo sorriso,
ou por um simples oi,
querendo voltar ao que a gente ja foi,
ou tentar ser o que sempre quis.

Nos teus olhos

sempre os teus olhos
sempre eles que me atraem
que me faz ter mais um sorriso no rosto
de todos os outros que me traem
e somente me distraem
saudade dos teus olhos me fitando
nem que fosse de longe
ou de canto
somente estes teus
só mas um tanto,
perto de mim
e que não seja pra mais um fim
dos nosso beijos, anseios
e desejos,
em nossos abraços dar um nó,
em um simples laço,
fazer do nosso tempo
mais do que um simples momento,
sem mais nenhum tormento,
e que eu não seja mais o seu passatempo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por trás dos panos

a minha vida feita de atos,
artistas e fatos.
a minha vida de espetáculos,
tramas e obstáculos.
a minha vida de cores,
decepções e dores.

os bastidores de flores,
aparencias, erros e rótulos.
artistas vesgos deitados em leitos,
mansos e leigos.

nossos encontros inúteis,
de almas pequenas, de algumas gramas,
perdido pela sua trama com nossos amores,
sujos, rasgados jogados a lama.

esquecemos nossos planos,
perdidos pelos enganos da nossa ignorância,
a saudade da nossa distância,
chorados nestes poucos anos,
desta nossa vida por trás dos panos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Os quais fomos

lindo sermos,
ou tentarmos,
lindo querermos,
ou tentarmos,
lindo se fizessemos,
ou se tentassemos,
lindo quando fizessemos,
lindo quando querermos.
não quero quando formos,
nem quero falar que fomos,
nem das vezes que erramos,
nem das as nossas vezes
em que soluçamos o passado,
nem no futuro que me abate,
sem nenhum furo,
e nenhum arremate.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Eu de fatos

fui a cada dia mais,
tentei ser nem menos,
tentei,
e se fossem todos,
com mais e com menos,
com os fatos e erros,
com as cruzes e terços.
braços cruzados ermos.
familias,
companhias,
as estrias do tempo,
as marcas sem leito,
os fatos inaceitos,
todos,
leigos,
seriam eu sem peito.

Onde se fazem ,(onde fiz)

Queria eu te ter das vezes que não
Queria eu te ter das vezes que sim
queria eu te ter das vezes
queria eu te ter
queria eu
queria.
queria eu
queria eu te ter
queria eu te ter das vezes
queria eu te ter das vezes que sim
queria eu te ter das vezes que não

eu queria nesse vácuo te ter no tempo,
ter a visão do teu todo,
sentir o teu gosto a cada palavra
sentir o teu perfume a cada instante,
ouvir o teu canto sem aquele errante,
e as minhas mãos te tocar a cada erro meu,

gostaria de sempre errar,
de sempre ser,
de sempre ouvir
de sempre querer
ou de sempre te ser
de sempre,
gostaria do infinito
simples nosso tempo,
sem nada,
nem ninguém,
nosso e nada mais,
nosso, onde tudo se faz,
nosso, onde tudo,
nosso onde foi.

Os nossos

as nossas vezes
que sempre foram
sem multiplicar nem dividir,
muito menos de subtrair,
as nossas vezes
sem mais nem menos,
simples, nossas
de todos os tempos,
das horas, e de momentos,
e dos melhores
que não esqueço,
as nossas horas,
de segundos que não passavam
e que teimavam em serem nossos
sem fim,
de todos os dias
simples assim,
sem nenhum fim.
somente o fim do teu sorriso,
lindo,
rápido,
não mais meu,
infeliz eu tentar te ter.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tempo

O tempo está do nosso lado
pra construirmos uma casa em frente ao mar,
pra vermos o nascer do sol.
de perdermos o medo do novo e a saudade do passado
de tecer metros e metros de cachecol,
de não se arrepender do já que foi falado.

O tempo está do nosso lado
ainda temos tempo de ligar o rádio e ouvir aquele velho Blues
de nos perdermos em um mundo de sorrisos
de se arrepiar com o frio do vento sul,
de perder um pouco do nosso juízo,
de bebermos um bom vinho e chorar pra lua
de andar sem direção pela rua

o tempo está do nosso lado
pra ver que tudo isso ainda é pouco,
de ter sonhos pro futuro
de gritarmos até ficarmos rouco
de não desistir se der de cara no muro
de acharmos o nosso lado louco.